FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dormir numa galeria de arte

Com 300 obras de arte a decorar-lhe os quartos, salas, bares e restaurante, o Lutetia, em Paris, contaria as histórias de um século se as suas paredes tivessem ouvidos. Artistas, políticos e comerciantes fazem parte da vida deste hotel.
Assim que entramos, cruzamo-nos com Charlie Watts, o baterista dos míticos Rolling Stones. Talvez seja presságio das estórias que o histórico Hotel Lutetia, no parisiense bairro de Saint-Germain-des-Prés tem para contar. No coração da Paris artística e literária, serviu de inspiração, de casa ou de ponto de encontro a Matisse, Antoine Saint-Exupéry ou Picasso. Foi aqui que De Gaulle passou a noite de núpcias, em Abril de 1920. E a actriz Catherine Deneuve chegou a chamar-lhe o seu segundo escritório.

Sobreviveu às duas guerras mundiais. Na primeira abrigou militares e cedeu quartos à Cruz Vermelha para cuidar dos feridos. Na segunda recebeu militares alemães da Gestapo responsáveis pela contra-espionagem. Se as suas paredes tivessem ouvidos, saberiam de cor as teorias dos grandes pensadores das letras e das artes do século XX, como Phillippe Hiquily ou Thierry Bisch.

Centenário, assume-se como o primeiro hotel art déco da capital francesa e como o maior da margem sul do Sena. Inaugurado em Dezembro de 1910, surge em plena Belle Époque, embora ainda mantenha na fachada reproduções de videiras e uvas, alusões às vinhas que ali existiram.

Resultado da vontade dos donos dos armazéns Le Bon Marché - que naquela altura queriam ter um local onde acomodar os clientes e fornecedores que viajavam de longe - foi daí que vieram as mobílias que permanecem nas salas, quartos e zonas comuns. Hoje o Le Bon Marché é o primeiro vizinho a impôr-se quando, na varanda da suite Europa, espreguiçamos o olhar pela ponta da Torre Eiffel ou pela cúpula dourada do Palácio dos Inválidos.

Esta é uma das nove suites redondas: acompanha a curvatura do edifício. Dedicada a Mimmo Jodice, está decorada com seis fotografias a preto e branco do fotógrafo napolitano, que dão um toque nostálgico ao quarto. Do tecto branco trabalhado e paredes cinzentas sobressai o veludo das cadeiras, sofás, almofadas e mantas, em bordeaux, dourado, bege e preto. E as linhas art déco dos móveis fazem-nos recuar aos loucos anos 20.

Porém, a suite Europa não é a jóia da coroa do Lutetia. É na Arman Suite que encontramos 130 metros quadrados de pura arte. É a maior de todas e deixa-nos viajar entre o calor do continente africano e a harmonia da música clássica. Com dois quartos, um é dedicado a África, engala-nado com peças trazidas dessas latitudes. No outro e nas salas, erguem-se elementos decorativos esculpidos pelo próprio Arman. Nas cadeiras e mesa, os pés são violinos de bronze verde. E o sofá usa as respectivas caixas. Na cabeceira da cama, avaliada em 100 mil euros, a madeira tem o formato do mesmo instrumento.

Juntas, integram o portefólio de 300 peças espalhadas pelo hotel, tornando-o numa autêntica galeria de arte. Muitas estão expostas no lobby, nos corredores ou no Bar Lutetia, onde sabe bem o final da tarde a tomar chá ao som de um concerto de jazz. Há ainda pinturas e desenhos no restaurante Le Paris, com uma estrela Michelin, e na intimista Brasserie Lutetia.

ana.serafim@sol.pt

Como chegar

TAP, Air France, Aigle Azur e companhias low cost voam para Paris com várias frequências por semana.

Quartos

O hotel tem 231 quartos, 60 dos quais suites. Com a promoção de Inverno em vigor há preços a partir de E200/ noite. Ver site.

O que fazer

Ficar horas à janela a ver os telhados de Paris, entreter-se a apreciar as 300 peças de arte do hotel, visitar a loja da Hermès instalada na antiga piscina interior do hotel, circular pelas esplanadas e lojas do bairro de Saint-Germain, visitar os monumentos da cidade como a Torre Eiffel, o Museu d'Orsay e do Louvre ou a Catedral de Notre Dame, ouvir jazz no Bar Lutetia.

HOTEL LUTETIA; 45, BOULEVARD RASPAIL, 75006 PARIS - FRANCE;

TEL. +33 (0) 1 49 544 646 +33 (0) 1 49 544 646

WWW.LUTETIA-PARIS.COM

Tags: Vida

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O artista plástico alagoano Edmílson Oliveira,


Oliveira, natural de Paulo Jacinto/AL, mas que atualmente reside em Quebrangulo/AL viveu o último sábado, como o mais consagrado dia profissional de sua vida. É que diversos quadros seus estiveram expostos no Salle Comunale de Plainpalais, em Genebra na Suíça, encantada cidade europeia, que lhe recebeu, a fim de promover um evento de grande porte cultural, cujos seus trabalhos já eram conhecidos naquela região, no entanto, sem a sua presença.

“Nesta exposição recebi a visita de um batalhão de gente de toda parte da Europa, além de grandes amigos meus artistas suíços que teceram bastante elogios. O bom de tudo, é que neste evento tivemos também um show com a banda Agora é de Vera, composta totalmente por brasileiros.

Nesses próximos dias ainda irei visitar o Museu do Louvre e ficarei dois dias em Paris. Terça-feira próxima, por exemplo, irei visitar uma exposição de Pablo Picasso em Zurique, a capital deste país”, disse emocionado Edmilson Oliveira.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Fernando Madeira



A paixão pelo traço surgiu logo cedo na vida do tatuador e artista plástico Fernando Madeira. Em suas primeiras lembranças, ele recorda que começou a desenhar para disputar com o irmão que, segundo o artista, fazia um trabalho melhor.

Enquanto o irmão optou pela carreira de matemático, Madeira, hoje com 30 anos, é proprietário de uma galeria de artes no bairro do Cambuí, em Campinas, e em março deste ano terá suas obras expostas em Londres.

sábado, 22 de janeiro de 2011

The New York Times Magazine

Divulgação

O artista plástico brasileiro Romero Britto publicou na edição desta semana da The New York Times Magazine - revista semanal do famoso jornal norte-americano The New York Times - uma pintura com a imagem da presidente Dilma Rousseff.
No retrato, feito ao estilo de outras pinturas do artista, Dilma aparece com o rosto pintado e com seu tradicional terninho vermelho. A publicação, de página inteira da revista, também contém imagens do artista ao lado da presidente durante a inauguração de um hospital em São João do Meriti, no Rio de Janeiro, em março passado. Na época, Dilma ainda era apenas pré-candidata ao cargo que ocupa hoje.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

presente de aniversário para SÃO PAULO.

as laterais do prédio do SENAC, na av. Tiradentes, número 822, Kobra e equipe pintam um cenário da rua Direita, em 1905, e uma cena do Viaduto do Chá na década de 50. Ambas as imagens são em preto e branco. É a primeira vez na trajetória de Kobra que a obra é feita em um espaço vertical. Durante todo o tempo os artistas estão dependurados, muitas vezes a 40 metros de altura. “Muita gente não sabe que a Lei da Cidade Limpa foi criada também com o intuito de transformar em arte grandes fachadas que eram dominadas por propagandas”, diz Eduardo Kobra, que acrescenta: “as chuvas atrapalharam muito nosso trabalho, mas vamos conseguir concluí-lo antes do aniversário da cidade, dia 25 de janeiro.

Novo trabalho de Eduardo Kobra (foto: Divulgação)


domingo, 16 de janeiro de 2011

OS DESENHOS ESTÃO EM ALTA.

JÁ ERA TEMPO,NOSSA ARTE E CULTURA COMEÇA ACORDAR PARA UM NOVO TEMPO.
Aperfeiçoamento
USP abre curso de Desenho de curta duração

O Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) abre inscrições para cursos de artes de curta duração para o primeiro semestre. Há 33 vagas disponíveis para a disciplina Desenho: Riscos de Percurso, que pretende estimular reflexões sobre o desenho em suas diversas constituições. As aulas ocorrem de 16 de março a 29 de junho, sempre às quartas-feiras, entre as 19 e 22 horas. A mensalidade é de R$ 230. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3091-4430 e pelo site www.cap.eca.usp.br.

sábado, 15 de janeiro de 2011

ESCULTOR RICARDO AMADASI VISITA NESTA SEXTA FEIRA DIA 21 DE JANEIRO DE 2011, O GRUPO DE ARTES FRONTISPÍCIO,ALMOÇA COM SEUS MEMBROS E PASSEIA NO BECO DO SAPO DE MOGI DAS CRUZES.

CHÃO DE GIZ

Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...

Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...

Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy"
That's over, baby!
Freud explica...

Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...

No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!...

domingo, 9 de janeiro de 2011

Formado por artistas plásticos da Região, o Frontispício pretende ampliar a área de atuação, expondo fora de Mogi das Cruzes

Levar a arte para todos os cantos e públicos é o que move o grupo Frontispício, formado por mais de 23 artistas da Região do Alto Tietê. Após diversas exposições em espaços públicos de Mogi, os integrantes planejaam para 2011 a abertura de uma associação a fim de agitar ainda mais a cultura da Cidade. Para cumprir este objetivo, pretendem promover cursos, entre outras atividades que incentivem os talentos anônimos.

No entanto, para ajudar as pessoas que querem ingressar no circuito cultural, o grupo quer, ainda, selar uma parceria com o poder público. A ideia é que estas atividades possam ser colocadas em prática no fim do primeiro semestre.

A segunda metade do ano, aliás, vai ser de muito trabalho para o Frontispício. A volta das exposições na agência da Caixa Econômica Federal, a realização da Bienal do Alto Tietê e a ida dos trabalhos dos artistas para as cidades do ABC Paulista estão programadas.

Para Enzo Ferrara, de 26 anos, artista plástico e integrante do grupo, os projetos devem ser bastantes variados neste ano que começa. "Já demos entrada no processo para a criação da associação e logo virá a parte de captação de recursos. Estamos em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura para a criação do Salão de Arte Contemporânea, onde os artistas vão expor seus trabalhos. Ainda faltam algumas reuniões e acertos", conta.

O primeiro evento do ano para o grupo é uma exposição no Centro Cultural Casa da Estação, em Poá, agendada para o final de fevereiro.

Em destaque, os trabalhos abstratos da artista plástica Linda Fuga e Nico Pereira. Ela passou a integrar o grupo em 2010 e foi convidada a expor trabalhos por conta da sua identificação com a cidade.

No evento em Poá, além das pinturas e esculturas, os robôs de Nico devem chamar a atenção dos frequentadores da mostra. É uma verdadeira viagem pelo universo dos robôs. São diversos e de vários tamanhos. Todos com um ponto em comum eles são feitos a partir de sucata de aço, mostrando assim o foco de conservação ecológica que o grupo tem.

As exposições organizadas pelo Frontispício, no Beco do Sapo, região central de Mogi, talvez não continuem neste ano, de acordo com Ferrara. "Não temos apoio da iniciativa privada e nem da Prefeitura. Se alguma empresa ou o poder público quiser ajudar, podemos fazer, mas é difícil manter o trabalho exposto ali sem ajuda", relata.

Prometida para o segundo semestre de 2011, a Bienal de Artes do Alto Tietê vai ser outro ponto de exposição das obras destes artistas. Ela acontecerá na casa noturna Loft, no Mogilar, ainda em data a ser definida. "Os organizadores estão definindo os colaboradores, apoios e patrocínios", explica Ferrara.

O trabalho social de inclusão social de deficientes visuais no mundo das artes - desenvolvido pelo grupo - será ampliado neste ano. O grupo tem um trabalho diferenciado na preparação das obras feitas pelos artistas.

"As pessoas podem entender a obra por meio do toque, os quadros têm resinas diferentes e detalhes que explicam a ideia do trabalho", afirma Ferrara.

A expansão é outro projeto do grupo. Santo André e Diadema, municípios da região do ABC Paulista, serão as cidades a receber os trabalhos destes artistas plásticos. Iniciativa planejada para a segunda metade do ano.

Com integrantes de faixas etárias que variam de 25 até 60 anos, o Frontispício espera alçar voos maiores. Em março, o grupo abre inscrições para artistas que queiram participar do projeto. Mais informações sobre o período de inscrições e detalhes sobre a participação no grupo podem ser obtidas pelo telefone 9543-3594 ou pelo blog ofrontispicio.blogspot.com.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ana de Hollanda diz que brasileiros precisam consumir mais cultura


Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
A nova ministra da Cultura, Anna Hollanda, durante cerimônia de transmissão de cargo

A nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda, assumiu hoje (3) a pasta, na cerimônia de posse mais animada da Esplanada dos Ministérios. Recebida por grupos de cultura popular, na entrada do Museu da República, Ana arriscou passos de samba de roda e coco, dança típica do Maranhão.

Dentro do auditório, com quase mil pessoas, mais música, tocada por uma bateria de escola de samba, que levou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) a cair no samba com um grupo de passistas.

Ana disse que sua gestão será de “continuidade e avanços” e se comprometeu a manter programas criados nos últimos anos, como os Pontos de Cultura e os projetos do Mais Cultura. “A minha gestão jamais será sinônimo de abandono do que foi ou do que está sendo feito. Não quero a casa arrumada pela metade, as coisas se desfazendo pelo caminho, a pintura deixada no cavalete por falta de tinta”.

A nova ministra disse que a ascensão social conquistada durante o governo do ex-presidente Lula tem que ser complementada pelo acesso à cultura e informação, na gestão da presidenta Dilma Rousseff. “ É preciso ampliar a capacidade de consumo cultural dessa multidão de brasileiros que está ascendendo. Até aqui, essas pessoas têm consumido mais eletrodomésticos que cultura”, avaliou.

Ana aproveitou a presença de parlamentares na cerimônia de posse e pediu apoio do Congresso Nacional para aprovar, ainda no primeiro semestre, o projeto de lei que cria o Vale Cultura. “Temos que incrementar a cesta do trabalhador com a inclusão da cultura. Fazer o casamento da ascensão cultural e social, para acabar com a fome de cultura que ainda reina no nosso país”.

A nova ministra destacou que o ministério ganhou importância política nos últimos anos e disse que, nos próximos quatro anos, a pasta vai estar integrada às demais áreas do governo. “O Ministério da Cultura na gestão Dilma Rousseff não será uma senhora excêntrica nem um estranho no ninho”.

Paulistana, irmã do cantor Chico Buarque, a nova ministra da Cultura é cantora, compositora, já foi secretária de Cultura da cidade de São Paulo e de Osasco, além de gestora da Funarte e do Museu da Imagem e do Som.

No discurso de transmissão do cargo, o ex-ministro Juca Ferreira listou programas e iniciativas do ministério, se emocionou ao se despedir dos colegas de governo e foi aplaudido de pé mais de uma vez.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Secretário revela os projetos de 2011

José Luiz Freire de Almeida comemora a participação do público nos programas culturais realizados na cidade
Regiane Diniz
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
Secretário ressaltou o recorde de público nas atrações

Primeiro dia de 2011 e o ano promete ser excelente para a Cultura mogiana, é o que indica o balanço feito pelo secretário municipal de Cultura, José Luiz Freire de Almeida, que nos contou o que virá pela frente nessa área.

À frente da Secretaria de Cultura de Mogi das Cruzes desde 2009, de acordo com ele, o grande desafio do cargo é atender culturalmente a população, aos anseios dos artistas e manter uma política cultural democrática conforme o orçamento. Ele salienta que o mais difícil é agradar a todos, até os que não são tão envolvidos culturamente.

José Luiz faz um comparativo entre os anos de 2009 e 2010. O ponto de partida é a reforma do Teatro Vasques. Segundo o secretário, o local bateu os recordes de público, espetáculos e sessões realizadas.O balanço apresenta que o espaço funcionou 26 dias por mês, com uma média de 33 espetáculos. A plateia de 2010 foi de 116.080 pessoas.

Outro projeto levado com bastante carinho e atenção é o Pirimpimpim, que traz apresentações de peças infantis todas as quartas-feiras em dois horários. Em 2010, esse programa recebeu 23.310 crianças, em 70 sessões por ano.

Além disso, não podemos deixar de citar os projetos e apresentações de dança, da Virada Cultural, Circuito Cultural, Mapa Cultural, Festivais de Teatro, Arte Vai à Praça, dentre outros. Além da Expo Mogi, Sexta do Riso, Festival de Inverno, Carnaval e Salão da Primavera.

Contudo, de antemão, nos contou alguns dos trabalhos que podem fazer parte do novo cenário cultural de Mogi a partir deste ano, como Polos Culturais, com realização de oficinas nos bairros, Tenda Cultural, Concursos de Literatura e Salão de Artes Plásticas.