FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Grupo vai expor na Virada Cultural


NA PRAÇA Grupo de estudantes da Escola Coronel Almeida confere a pintura de Linda Fuga e acompanha o músico Victor Fábio em evento que marcou o Dia Nacional do Artista Plástico
Elton Ishikawa

lucas meloni
A preocupação ambiental é o tema central da exposição "O Frontispício", organizada pelo grupo de artes plásticas homônimo, que será realizada nos próximos dias 19 e 20 no Terminal Central como parte da Virada Cultural Paulista 2012. Ao todo, 70 obras, entre esculturas produzidas a partir de sucata, e quadros com temática ecológica poderão ser conferidos pelo público, entre outras atrações.
Uma prévia desta mostra aconteceu ontem à tarde na Praça Coronel Almeida, na região central de Mogi. Previsto para começar às 10 horas, o evento em comemoração ao Dia Nacional do Artista Plástico, celebrado ontem (saiba mais nesta página), teve atraso por conta do mau tempo. Artistas como Zeti Muniz, Enzo Ferrara, Linda Fuga, Maria Mello, Edson Pinheiro e Walter Aguiar participaram da programação.
"O nosso objetivo aqui é não permitir que este personagem tão importante para a cultura popular seja esquecido. E veja que tivemos alguns contratempos hoje (ontem). Planejamos para começar de manhã, mas a chuva logo cedo nos prejudicou. Apesar disso não deixamos de fazer esta ação cultural, em prol das próprias crianças", explica Muniz, um dos fundadores de O Frontispício.
Uma turma formada por 30 alunos do colégio acompanhou a produção ao vivo da tela "Paris Antiga", de Linda, que retrata o centro parisiense em meados da década de 1920, contações de histórias e músicas infantis. "Eu nunca tinha participado de nada do tipo, mas eu gostei bastante. Acho que é uma forma legal de nós entendermos o mundo", opina Ana Lúcia Capela, de 10 anos.
A professora Denise Alessandra Camargo ressalta que este foi o primeiro contato dos pequenos com as artes. "Normalmente eles acabam vendo isso pela Internet, deixam de ver a arte acadêmica, o que traz muito conhecimento", salienta.
Para a Virada, o grupo prepara algo mais intenso. "São esculturas que têm como matéria-prima a sucata eletrônica, material destinado a nós pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Temos já pronto um robô de quase um metro feito com restos de um videocassete muito antigo que acabou virando arte. Tudo pode virar arte. As telas têm elementos da natureza, as folhas, as paisagens e, sobretudo, a intenção de conscientizar as pessoas em relação à preservação da natureza", acrescenta.
A mostra terá abertura às 18 horas, assim como o restante da programação da Virada, com um sarau de poesias de diferentes escritores da Cidade. Já quem passar no domingo pelo Terminal poderá conferir apresentações com músicos convidados pelo Frontispício e contação de histórias infantis.
A conquista do espaço e a oportunidade de participar do evento estimulam o grupo de artistas a novas empreitadas. A próxima é uma instalação fixa em algum ponto público de Mogi. "Basicamente seria alguma escultura grande, ecologicamente correta, feita a partir de materiais que podem ser reaproveitados, e que ocupe um espaço de destaque no Município. Há muitas opções de lugar, só que é preciso sentar e discutir isso com a Prefeitura e a Secretaria (Municipal de Cultura). A união entre os artistas para que isso dê certo é fundamental, só assim o projeto pode ser um ganho para a Cidade", finaliza.