FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Artistas fazem planos para polos culturais


A notícia de que quatro galpões - grandes, antigos e há décadas abandonados - podem ser transformados em polos de cultura foi muito bem recebida pelos artistas da Cidade. As estruturas, pertencentes à antiga Rede Ferroviária Federal, estão em processo de transferência para o Município, conforme informado com exclusividade por O Diário e, apesar de não estar ainda bem definido quais atividades serão desenvolvidas lá, os produtores de cultura de Mogi das Cruzes já fazem planos para as artes plásticas, música, dança e outras vertentes artísticas. Uma das sugestões é tirar do papel a Bienal de Artes do Alto Tietê e dar início à primeira edição da feira na mesma data da inauguração do novo espaço.
A bienal é ideia do artista plástico Nerival Rodrigues. O projeto foi pensado por ele no ano 2000 e agora conta com um conselho curador composto por 12 artistas. “A ideia de transformar galpões já construídos, em vez de construir do zero, é fabulosa, já que isso não requer tanto gasto”, avalia.
Rodrigues conta que a utilização desses galpões, que dividem a Avenida Francisco Rodrigues Filho e a linha férrea, já tinha sido discutida no passado entre os artistas. “A Avenida é a localização perfeita para isso. Ela é larga e não fica no coração do Centro. Se fosse no centro histórico, como pensam em fazer com o Museu de Artes da Telefônica, haveria problema de estacionamento”, aponta. Na opinião dele, eventos temáticos com apoio das secretarias municipais também poderiam ter edições lá, como feiras agrícolas e exposições.
Manoel Mesquita Junior, gestor do Galpão Arthur Netto, referência na Cidade no desenvolvimento e promoção cultural, também apoia a ideia, mas destaca ser fundamental a participação dos artistas no planejamento desses polos. “O espaço é uma das necessidades dos artistas, que, junto com os produtores culturais, devem ser ouvidos para a utilização do local, até mesmo para que não haja no futuro o desperdício de recursos”, afirma. (Danilo Sans)